Imprensa – Ascensão e queda do quarto poder

Imprensa – Ascensão e queda do quarto poder

A imprensa desde os tempos mais remotos é classificada como o quarto poder, influenciando cultura, política e a sociedade como um todo. Em seu surgimento, a única mídia existente eram publicações impressas, como jornais e revistas. Algumas décadas depois, passaram aproveitar as ondas de rádio AM e posteriormente FM. Com a invenção e popularização dos televisores, o segmento expandiu sua área de atuação assim como seu alcance.

Jornalismo era o segmento mais forte e que gerava fidelização, pois todos queriam estar informados de acontecimentos. Com o passar do tempo, entretenimento foi ganhando espaço, até se tornar o principal atrativo.

Nas décadas mais recentes, surgiram os canais por assinatura, que buscaram uma divisão de conteúdo. Foi uma boa estratégia, que segmentou os espectadores e desta maneira promovia maior retorno para os anunciantes.

Tamanho poder de penetração permitia manipulação de grandes massas, recebendo grandes investimentos de anunciantes, mas também abrindo espaço para interesses escusos, sejam por conta de dinheiro ou por ideologia.

Durante várias décadas, a métrica utilizada para medir audiência sempre foi questionável, contando com poucos players e amostragens realizadas de forma duvidosa. Como era de interesse de todas as empresas do segmento passar uma impressão que o alcance era muito maior do que a realidade, inexistiu qualquer movimento consistente para contestar tais dados. Era um jogo de Ganha x Ganha.

Em todo mundo, através de um bom desempenho comercial ou mesmo razões obscuras (corrupção, etc), existiam grupos que dominavam o setor. No Brasil, por exemplo, tivemos o domínio do Grupo Globo por diversas décadas.

Com a popularização do acesso a Internet, esse domínio começou a entrar em decadência. Grande parte do sucesso do negócio era devido a falta de opções por parte dos consumidores. Não havia interação e os únicos veículos de longo alcance eram jornais e TVs. Quando o espectador passou a interagir mais com o conteúdo que recebia e foi possível um monitoramento preciso de métricas. A informação não estava mais restrita a empresas do segmento. Pessoas tinham acesso fácil a ferramentas para publicar suas ideias, seja em formato texto, áudio e, mais recentemente, vídeo.

Aqui no Brasil tivemos uma evidência fortíssima desse movimento: a eleição do atual Presidente, Jair Bolsonaro. Com apenas 8 segundos de tempo na TV, derrotou no primeiro turno o adversário Geraldo Alckmin, que tinha 5:32, uma fatia absurdamente maior.

Publicações impressas vem perdendo espaço no mercado de forma galopante. O mesmo vem acontecendo com a TV aberta e, mais recentemente, com a TV por assinatura também, com a consolidação do modelo de Streaming.

Os velhos dinossauros da mídia não estão conseguindo se adaptar a era digital, principalmente no Brasil. Estamos na era da Globalização e, se os players nacionais não encontrarem o caminho certo, certamente algum player internacional irá encontrar e garantir sua fatia no mercado.

O mercado é algo em constante mudança. Quem não se adapta, morre na praia. Comodidade não é boa nos negócios.

E aí, sua empresa está acomodada ou sempre atenta a oportunidades e mudanças?

Empresário ou funcionário? Você está pronto para empreender?

Empresário ou funcionário? Você está pronto para empreender?

Tempos de crise trazem junto demissões. E, em um mercado abalado, novas oportunidades de postos de trabalho em empresas surgem com menor velocidade. Neste cenário é comum o pensamento: vou abrir meu negócio! Agora será mesmo que esta é a melhor alternativa?

Existem dois tipos de empreendedorismo: aquele buscado por necessidade e o motivado por oportunidade. Empreendedores por necessidade são aqueles que iniciaram um empreendimento autônomo por não possuírem melhores opções para o trabalho e precisam abrir um negócio a fim de gerar renda para si e suas famílias.

Já os empreendedores por oportunidade optam por iniciar um novo negócio, mesmo quando possuem alternativas de emprego. Em sua maioria têm níveis de capacitação e escolaridade mais altos e empreendem para aumentar sua renda ou pelo desejo de independência.

Enquanto o empreendedorismo por necessidade está mais suscetível à conjuntura econômica dos países e tende a diminuir quando a oferta de emprego é maior, o empreendedorismo por oportunidade tem maiores chance de sucesso e tem um forte impacto sobre o crescimento econômico de um país.

Dados do Global Entrepreneurship Monitor (http://www.gemconsortium.org/) indicam que países com maior desenvolvimento econômico possuem a razão entre oportunidade e necessidade é superior à dos demais. Na Islândia, por exemplo, para cada empreendedor por necessidade há outros 11,2 por oportunidade. Já países com menor desenvolvimento econômico apresentam razões menores entre os empreendedores por oportunidade e necessidade.

Entre os empreendedores por oportunidade, pesquisas recentes apontam que 43% o fizeram pela busca de maior independência e liberdade na vida profissional; 35,2% pelo aumento da renda pessoal; 18,5% apenas para a manutenção de sua renda pessoal, enquanto 3,3% citaram outros motivos. Agrupando os dois primeiros perfis, 78,2% vislumbram uma oportunidade de aprimorar a vida com o negócio que estão abrindo.

Falando dos empreendedores por necessidade, a taxa de mortandade de empresas nessa linha chega quase a 90% no primeiro ano. Ser expert em um segmento não significa sucesso empresarial. Gerir um negócio é muito mais complexo que muitos pensam.

Como consultor de negócios vejo muitos casos de ótimos técnicos em seu segmento porém péssimos empresários. Acontece que raramente esses futuros empresários contratam um consultor para validar sua ideia, seu modelo de negócios e sua capacidade para empreender. Além disso infelizmente o governo Brasileiro em nada ajuda o empreendedor. Alta carga tributária e burocracia entre as maiores e piores do mundo. O somatório destes fatores fazem com que novas empresas encerrem atividades antes do primeiro ano de existência.

Então, em que perfil se encaixa?

Pensando em empreender? Entre em contato comigo pelo e-mail contato@renanviegas.com.br.

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Monetização e ética

A nova política de privacidade e termos de uso do Instagram que entrará em vigor, permitindo o serviço a usar fotos sem pagar nem avisar o usuário, trouxe a tona um tópico que vem sempre em evidência no modelo de negócios de qualquer empresa: monetização.

Toda empresa precisa dar lucro, portanto meios de viabilizar receita são sempre buscados por seus gestores e colaboradores. Até este ponto normal, porém, visando a efetivação de um objetivo, algumas empresas deixam a ética de lado. Mudar a “regra do jogo”, dependendo do contexto, pode ser encarado como uma “rasteira” por seus usuários.

O caso do Instagram ilustra perfeitamente o que comentei. Os documentos que regem e relação usuário/serviço permitem que a start-up, comprada pelo Facebook em abril por US$ 1 bilhão, e o próprio Facebook, utilizem as fotos postadas sem pagar nada aos usuários. Seria ético você produzir fotos e estas mesmas ilustrarem peças publicitárias de terceiros sem que você saiba? E se levar em conta que boa parte da base de usuários do Instagram utiliza apenas o aparelho celular para interagir na rede social e, provavelmente, nem tomará conhecimento destas mudanças de privacidade? E se além de utilizar suas fotos sem seu conhecimento o serviço ainda lucrar com isso? Pois é, isto que irá acontecer.

Em termos de negócio, além de anti-ético, tal mudança pode provocar uma evasão considerável e migração de seus usuários para serviços concorrentes como o Flickr, fazendo com que uma estratégia para gerar dinheiro cause justamente o oposto.

Além de usuários pessoa física, várias empresas também estão abandonando o serviço. A National Geographic Society, organização que é proprietária da revista e do canal televisivo correspondentes, suspendeu as postagens da conta NatGeo.

Dia 18 de dezembro, um dia após a mudança, Kevin Systrom (cofundador do Instagram) informou que os direitos das imagens continuarão com os usuários.

“Desde que fizemos as mudanças, nós ouvimos alto e claro que muitos usuários estão confusos e chateados com o que isso significa. É fácil interpretar errado documentos jurídicos”, escreveu Systrom.

Ao pensar em estratégias de monetização, ética sempre deve ser um ponto importante a ser considerado. Um “desespero” por lucro pode acabar arruinando todo seu negócio.

Google – O lado obscuro da empresa

No último trimestre de 2011 fui surpreendido com a suspensão de minha conta no Google AdSense. Possuia alguns sites, todos enquadrados na então política do produto e, após enviar um e-mail reclamando que não havia recebido a comissão que deveria, tive a conta suspensa sem explicação alguma. Comportamento estranho, não? Principalmente que, pelo fato de terem suspendido minha conta, segundo o “contrato” do produto, não seriam mais obrigados a pagar o que deviam. Seria uma forma suja de dar calote? Por incrível que pareça, pelo tamanho da empresa e sua fama, parece que sim.

Durante algumas pesquisas na web encontrei vários relatos de usuários com o mesmo problema, principalmente do Brasil. Alguns não chegaram a ter suas contas suspensas, mas estranhamente suas comissões, que em tinham um valor X de média nos últimos meses, caíram para menos de 10% do valor usual.

No meu caso a quantia não justifica os custos jurídicos para um embate, mas certamente os prejudicados com quantias maiores deveriam processar a empresa.

Durante minha busca encontrei também outras situações que revelam um comportamento nada ético da emrpesa. O PayPal, um big player de sistema de pagamentos presente inclusive no Brasil, abriu recentemente um processo contra o Google por conta de roubo de informações (https://www.thepaypalblog.com/2011/05/paypal-files-lawsuit-to-protect-trade-secrets-a-reason-worth-fighting-for/). Já o Buscapé, o maior player nacional de ferramentas de comparação de preço, processou o Google por concorrência desleal (http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI5530316-EI15608,00-Buscape+processa+Google+por+igualdade+nas+buscas+no+Pais.html).

Hoje me deparei com um post bem interessante falando de problemas com relação a aplicativos na loja do Android que simplesmente somem sem explicação (http://www.googez.com/2011/12/google-taking-off-apps-from-the-market-without-warning/). Ainda não tive contato com nenhum dos afetados mas imagino que o mesmo golpe esteja sendo praticado.

Sou cliente do Google, possuo serviços grátis e serviços pagos contratados. Não deixarei de utilizar os mesmos, mas desde então tenho backup de tudo.

Diante destes episódios aprendi uma lição: nunca confie em uma empresa pois, por mais segurança que a uma marca traga, por trás podem existir políticas não muito éticas.