Síndrome de Bozó

Síndrome de Bozó

Começo esta postagem com um texto do Texto do André Palis
que li no LinkedIn outro dia:

“Eu tinha o emprego dos sonhos no Google.

Mas ainda precisava pedir dinheiro emprestado para pagar as contas.

Eu consegui uma vaga de entrada no Google e achava que poderia ser promovido logo.

Enquanto isso, meu pai me mandava dinheiro todos os meses para que não precisássemos viver no aperto.

São Paulo é a cidade mais cara do Brasil.

Um ano se passou.

Eu não fui promovido.

Eu conversei com todo mundo pra entender o que eu precisava entregar. Eu trabalhei dobrado. Eu dei tudo que eu tinha.

No próximo ano, não deu de novo.

Eu fiquei arrasado.

“Não dá mais”, disse à minha esposa.

Eu queria começar uma família. Eu tinha ambições. Mas ainda dependia dos meus pais.

O pensamento de deixar o Google era aterrorizante.

Mas ficar não era o caminho.

O Tulio foi louco o suficiente para sair comigo e uma agência que estava fechando nos deu todos os seus clientes, incluindo o Discovery Channel.

Três meses depois, eu disse ao meu pai que não precisava mais da ajuda dele.

Cinco anos depois, a Raccoon Marketing Digital tem 270 funcionários, ganhou vários prêmios Premier Google e trabalha com clientes como Sony Pictures Entertainment, Natura e Leroy Merlin.

E eu e minha esposa temos um filho lindo.

Se o teto sobre você está te esmagando-

Tenha coragem de sonhar alto e pular fora.”

O relato acima é a mais pura realidade do que costuma ocorrer com marcas conhecidas no meio digital. Conheço vários casos similares em empresas com Facebook, Twitter e muitas outras. Não se deixe levar apenas por uma marca forte. Muitas vezes, por conta dessa foça, estas empresas negligenciam valores de mercado e praticam remunerações inferiores e/ou condições de trabalho ruins.

Pessoalmente uso o termo Síndrome de Bozó para caracterizar os profissionais que costumam cair nessa armadilha. Bozó era um personagem do falecido humorista Chico Anysio criado na década de 80 que nas esquetes sempre usava seu crachá de uma reconhecida emissora Brasileira como “cartão de visitas”.

Lembre-se: empresa é um negócio. Não caia na armadilha criada por alguns “gurus” de RH que procuram personificar a relação de negócios. Crachá não paga contas.

O episódio da caverna – se fosse no Brasil

O episódio da caverna – se fosse no Brasil

Doze meninos e seu treinador ficam presos em uma caverna no Brasil. Comoção geral. O Congresso vota um repasse emergencial de R$140bi para o resgate.

Para executar isso, instituem a ANARCAV (Agência Nacional de Resgate em Cavernas). Governadores criam as Secretarias Estaduais de Resgate em Cavernas (CAVERRJ, CAVERSP, CAVERMG, etc).

Com o repasse, iniciam uma contratação emergencial para cavar o túnel e derrubar a montanha. A oposição denuncia irregularidades e cria a CPI das Cavernas. A PF inicia a operação Neanderthal. O TRF manda prender a caverna, e Gilmar Mendes a solta.

Uma ex-BBB tira selfie nua na frente da caverna, viraliza na web, se torna a MC Cavernosa e lança o hit do Carnaval “Entra Mas Não Sai”. No Encontro da Fátima Bernardes, denuncia a cavernofobia. McDonalds pede desculpas por ter lançado o McFlintstone.

O Sindicav entra em greve geral, pois o repasse não chega e estão sem receber. Junta-se a eles a CUT-CAV e o MSCAV (Movimento dos Sem Caverna). O Governo negocia e tira impostos de pás.

O presidente privatiza as cavernas. Jean Wyllys cospe em Bolsonaro por ele ter falado que caverna boa é caverna soterrada. Pastores vendem pedras ungidas da caverna por R$800,00/Kg.

Passados 80 meses, todos ainda estão na caverna.

Qualquer um que faça negócios com o meio governamental no Brasil sabe que isso seria tragicômico.

Quero desenvolver um sistema e/ou um App! Quanto custa?

Quero desenvolver um sistema e/ou um App! Quanto custa?

Nove entre dez empresas de desenvolvimento normalmente recebem este questionamento periodicamente. Antes de solicitar um orçamento, é necessário ter o mínimo de escopo, para que seja possível montar ao menos um rascunho de uma especificação.

Fazendo uma analogia simples, é a mesma coisa que perguntar quanto custa um veículo. Primeiro você precisa definir que tipo de veículo necessita, qual será seu uso. Uma motocicleta pode atender muito bem a necessidade de uma pessoa se deslocar dentro de um bairro ou cidade, agora para ir do Brasil até a Austrália não seria o veículo mais recomendado, principalmente que, para tal trajeto, só voando ou navegando. A estimativa de preço depende da necessidade e, quanto mais detalhes forem fornecidos, mais assertiva será esta estimativa.

Seguindo na mesma analogia, se você precisa se deslocar entre cidades próximas, e costuma ter material para carregar e/ou mais de duas pessoas, seguindo a linha do menor custo, já podemos eliminar lancha, avião e helicóptero. Agora a opção mais econômica, que seria moto, não é viável para carga de material e/ou mais de duas pessoas. Com isso conseguimos fechar o escopo do tipo de veículo necessário: carro, ônibus ou caminhão. Neste ponto já precisamos de um maior detalhamento, mas ao menos eliminamos algumas opções e temos uma faixa de valor estimada.

Antes de buscar qualquer orçamento, procure enumerar ao máximo qual sua necessidade e quais as barreiras que pode encontrar. Somente assim conseguirá uma estimativa que lhe permita planejar. Se você não consegue efetuar tal processo, contrate um consultor técnico para lhe ajudar nesta tarefa.

Como não fazer um formulário

Como não fazer um formulário

O festival Rio2C ocorre entre 3 e 8 de Abril na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.

Por ser um evento privado, que cobra um valor considerável para participação (veja os valores aqui), era esperado um cuidado maior com relação a sua interação com o público. Apesar disso, o que vemos na prática é em pleno 2018 a organização solicitar, para participação de um dos subeventos, preenchimento obrigatório de campos como telefone fixo. Quantas pessoas você conhece que ainda usam? Isso sem contar que que muitos nem possuem mais, como por exemplo esse indivíduo que escreve aqui. Qual seria a necessidade de um telefone fixo para participação? Nenhuma!

Vejam o formulário completo no link e imagem abaixo:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe3bVqFjjmcUVbDdWBwg-py_gnlh3Jvkw3-CfzDYYPF_RbXzA/viewform

Sempre que for elaborar um formulário analise:

  1. Que dados você realmente precisa?
  2. Quais informações adicionais você pode solicitar opcionalmente sem ser muito invasivo?

Formulários mal elaborados resultam em baixo preenchimento. Isso pode significar uma venda perdida, um prospect não convertido e uma oportunidade perdida.

Rio2C – It’s all about useless data.

Como não fazer um site – Erros na arquitetura da informação

Como não fazer um site – Erros na arquitetura da informação

Como ouvinte eventual da CBN, hoje, enquanto aguardava uma substituição de cabos do fornecedor de banda larga, pensei em sintonizar na CBN. Acontece que não sabia a frequência FM da rádio, então saquei o smartphone para acessar o site pra encontrar a informação. Qual foi minha surpresa ao acessar o site e simplesmente não encontrar a informação na página principal. Pensei que pudesse ser algum erro na renderização da versão mobile no celular, então habilitei o roteador de conexão 4G no celular e acessei pelo Desktop e para minha surpresa, não era. A informação simplesmente não existia! Imagine você, um negócio que possui como canal principal um dial FM não ter essa informação de forma objetiva e em destaque em seu site? Fiz questão de capturar a página inteira para que possam visualizar:

Página principal da CBN - Clique para ver a imagem ampliada
Página principal da CBN – Clique para ver a imagem ampliada

A arquitetura da informação é uma das atividades essenciais na construção de um site. Definir o conteúdo e a forma como será passado não é um mero detalhe, é a espinha dorsal de sua presença digital. Informações que facilitem seu cliente a acessar seu produto e/ou serviço e fazer contato com seu negócio não podem ficar escondidas!

Um dos principais motivos de se criar um site é ser notado e ter contatos para possíveis negócios. Certifique-se sempre de informar endereços de e-mail e telefone válidos e que estas informações estejam sempre visíveis quando possível.

Será que seu cliente consegue encontrar a informação que procura facilmente em seu site?

O visitante de seu site tem facilidade em compreender que produtos e/ou serviços você oferece?

Caso alguma das respostas acima seja não, está na hora de rever a arquitetura da informação em seu site. Informação de difícil acesso é tão útil quanto a varanda que ilustra essa postagem.

Entre em contato comigo pelo e-mail renan.viegas@umpublicidade.com.br que posso fazer uma análise inicial sem custo.

Amazon Web Services Offline – E agora?

Amazon Web Services Offline – E agora?

No último sábado alguns dos serviços da Amazon referentes a hospedagem Cloud ficaram fora do ar por mais de quatro horas. Esta queda evidenciou que muitos negócios possuíam uma estratégia de infra muito errada, ainda mais em se falando de Cloud. Sites como o Mercado Livre tiveram problemas por causa desta falha. Abaixo o e-mail enviado por eles logo após o acontecimento:

A arquitetura Cloud trouxe inúmeros benefícios, dentre eles, a facilidade de publicação de ambientes em diferentes fornecedores e plataformas. Confiar toda sua infra em apenas um fornecedor é um erro básico de arquitetura de sistemas e, pelo que parece, muitos negócios ainda o cometem.

Imagina a quantidade de vendas que um e-commerce de grande porte perde por hora? Multiplique isto por 4. Visualizou o prejuízo?

Seu negócio está preparado para situações de falha? Não? Não sabe? Posso lhe ajudar com isso. Entre em contato comigo pelo e-mail renan.viegas@umpublicidade.com.br.

Vazamento de dados e segurança digital

Vazamento de dados e segurança digital

Recentemente a NetShoes tornou público o vazamento de dados de seus clientes, que no início de 2018 totalizavam mais de 2 milhões. Por fazer parte da bolsa de valores Americana, a empresa é obrigada a notificar este tipo de ocorrência a Securities and Exchange Commission (SEC). Segundo a empresa, autoridades Brasileiras foram notificadas e a polícia investiga a questão. Segundo fontes internas, os Hackers tentaram negociar um valor pela não divulgação dos dados, mas a empresa se manteve irredutível e não negociou com os criminosos.

Grande parte das empresas pecam em não contratar uma empresa ou consultor externo para validar sua segurança. Equipes internas podem cometer falhas que são facilmente mapeadas por alguém que não esteja no dia a dia da empresa. As vezes uma simples brecha permite alguém mal intencionado acessar dados sigilosos e fazer com que a empresa corra sérios riscos.

E engana-se quem acha que auditoria de segurança de dados tem conexão apenas com a máquina. Muitos criminosos fazem uso de engenharia social para conseguir informações adicionais para completar seu objetivo. Pequenos descuidos de funcionários e falta de procedimentos de segurança tendem a facilitar o processo de invasão.

Quando foi a última vez que você ou sua empresa contratou uma auditoria de segurança? Se a resposta foi nunca ou a mais de um ano, aconselho ligar o alerta e providenciar isto o quanto antes.

Leia a íntegra do comunicado da Netshoes:

“Em decorrência das notícias publicadas na data de hoje (terça-feira, 27 de fevereiro de 2018) – como réplicas de nota originalmente publicada por grande agência de notícias internacional, a Netshoes esclarece que não há nenhum fato novo relacionado ao episódio de divulgação de dados de consumidores da companhia. O comunicado enviado à SEC (Securities and Exchange Commission), que desencadeou a publicação de notícias na presente data, é meramente protocolar, em função de a Netshoes comercializar ações na Bolsa de Nova York (NYSE) desde abril de 2017.

Com origem em dezembro de 2017, o caso da divulgação de dados da empresa, inclusive, teve desfecho parcial em reunião com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) – realizada no último dia 22 de fevereiro. Na ocasião, foi acordado que a empresa fará a comunicação pessoal, por meio de contato telefônico, a todos os clientes que tiveram seus dados disponibilizados por terceiros na internet.

A Netshoes reforça ainda que, após minuciosa apuração interna – que contou com apoio de empresa especializada em segurança digital e comunicação à Polícia Federal desde o início do caso – chegou-se à conclusão, em linha com comunicados anteriores da companhia, de que não há qualquer indício de invasão à sua estrutura tecnológica.

Desde o primeiro momento em que foi noticiado o caso, todas as providências cabíveis foram tomadas. Durante todo o processo, o objetivo foi solucionar o crime virtual, não ceder a qualquer extorsão e proteger seus consumidores.

A empresa reforça que adota todas as medidas e melhores práticas de segurança da informação e que não negocia, nem nunca negociará, com criminosos.”

A importância da correta análise na tomada de decisão

A importância da correta análise na tomada de decisão

Em muitos momentos empresários precisam tomar decisões importantes e/ou arriscadas que podem significar sucesso ou falha de um projeto. Isso envolve sair da zona de conforto, assumir responsabilidades e, o que é mais grave, aceitar consequências.

Um processo decisório eficaz deve ser composto da combinação de dados e de competências. Um gestor experiente deve utilizar a maior quantidade de informações disponíveis para a tomada de decisão. A premissa básica é que tais dados estejam disponíveis e mensuráveis. Não adianta você buscar um dado que não possa ser encontrado facilmente, em quantidade suficiente, ou que não possa ser medido. Boas informações são aquelas que te ajudam a tomar boas decisões. Se você tem bons dados, mas não consegue organizá-los ou utilizá-los para uma tomada de decisão eficaz, eles podem ser dispensados.

Não costumo pontuar técnicas, mas acho que nesse caso é válido listar aqui a SWOT. Esta sigla é a abreviação para strenghts, weaknesses, opportunities e threats, ou seja, forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Detalhando:

  • Forças: Fatos positivos internos, como diferenciais da sua empresa ou produto, vantagens sobre a concorrência, expertise da equipe, vantagens regionais, poder econômico ou marca amada pelo público.
  • Fraquezas: Fatos negativos internos, como lacunas de treinamento, altos custos, administração engessada ou ineficiente, danos à marca, falta de conhecimento do mercado ou produtos desatualizados.
  • Oportunidades: Pontos positivos externos, como um aumento da demanda pelo seu tipo de produto, melhoras no cenário econômico, notícias na mídia que favorecem seu negócio ou fatos que enfraqueçam a concorrência.
  • Ameaças: Pontos negativos externos, como crises econômicas, decisões políticas ou judiciais que impactem seu ramo, fortalecimento da concorrência ou mudanças negativas no comportamento do consumidor.

Além da técnica listada acima, é muito importante dividir em camadas as responsabilidades. Se você tem um corpo técnico de um segmento, peça para ela realizar esse levantamento e lhe alimentar com informações como as respostas da SWOT.

E lembre-se: na maioria das vezes mais vale uma decisão tomada de forma errada inicialmente e no primeiro momento realinhar velas e seguir em outra que não tomar uma decisão. A não ação pode significar o fim de seu negócio. Temos vários exemplos de grandes empresas que afundaram justamente por não terem tomado decisão no momento certo.

Qual seu objetivo profissional?

Qual seu objetivo profissional?

Recentemente estive envolvido com um projeto para reorganizar uma empresa. Dentre as atividades necessárias, mapear qualidades e defeitos da equipe atual e planejar próximos passos como contratações, demissões, etc. Neste processo procurei opiniões de profissionais de minha confiança sobre direcionamentos de recursos humanos. Eis que uma dessas pessoas me contou um caso interessante, que por acaso vai de encontro de como gerencio minha vida profissional.

Liguei para um candidato sobre uma nova oportunidade. Era uma promoção de seu cargo atual, e ele tinha as habilidades e qualificações corretas.

Desculpe, mas não estou interessado, ele disse educadamente.

Pressionei-o até que ele disse algo que realmente me confundiu. Ele me disse “já cheguei ao topo”.

Eu estava familiarizado com sua empresa atual e olhei para o CV novamente.

Ele não estava perto do topo. Ele precisaria de binóculos para ver o topo. Ele ainda não era nem um gerente.

Ele me explicou que chegar ao topo, para ele, significava que ele adorava o trabalho que fazia todos os dias, gostava da empresa que trabalhava, era tratado sempre justamente e com respeito por seus companheiros de trabalho, ganhava o suficiente para se sentir confortável, tinha flexibilidade e, o mais importante para ele, nunca perdeu um único jogo de futebol, jogo escolar, reuniões de pais e mestres, aniversário ou qualquer evento familiar.

Ele sabia o que significava o próximo passo em sua carreira. Menos tempo livre, mais viagens e sacrifícios que não valiam a pena diante de seus objetivos.

A definição de chegar ao topo é individual. Não se deixe levar por um “guru do RH” ou a definição da sociedade.

A compra da Pebble pela Fitbit e a mancha no financiamento coletivo

A compra da Pebble pela Fitbit e a mancha no financiamento coletivo

Depois de rumores publicados pela Bloomberg no dia 7 de Dezembro, um dia após a transação foi confirmada por ambos players (https://www.bloomberg.com/news/articles/2016-12-07/pebble-said-to-discuss-selling-software-assets-to-fitbit). Claramente foi uma operação para matar a Pebble, já que era um player que estava atrapalhando as vendas da Fitbit, e somente os ativos de software foram negociados.

A notícia veio como uma bomba para o mercado de Crowdfunding, já que a Pebble surgiu a partir de um financiamento coletivo pelo Kickstarter e um segundo produto da mesma empresa também estava sendo comercializado pela plataforma. Acontece que o suporte para o produto foi encerrado, assim como sua garantia e as compras do novo modelo foram suspensas e o valor só será devolvido ano que vem.